Gineteada na fazenda pinheral
Fabrício luíz
Num dia frio de agosto, na fazenda pinheiral
Fui chamado pra montar num gateado bagual
Formosura da tropilha, delgado e corcoveador
Para enfeitar meu cartel, dispensei o amadrinhador
Não trago medo comigo, sou caborteiro e bardoso
Só deus sabe o meu destino, ninguém apara meu toso
Na fazenda pinheiral saímos levantando poeira
Descendo picada feia na direção da poeira.
Fui chamado pra montar num gateado bagual
Formosura da tropilha, delgado e corcoveador
Para enfeitar meu cartel, dispensei o amadrinhador
Não trago medo comigo, sou caborteiro e bardoso
Só deus sabe o meu destino, ninguém apara meu toso
Na fazenda pinheiral saímos levantando poeira
Descendo picada feia na direção da poeira.
Calcei a bota no estribo, alcei a perna por cima
Cheirava flor de caixão, o vento lambia as crinas
Cada corcóveo que dava de cima, o mango descia
E as esporas cortadeiras, a paleta padecia.
Meu sistema de campeiro sempre foi dos mais sem luxo
Tenho sangue catarina, mesclado ao de gaúcho
Beiçudo que se renega, sente o fardo das esporas
Que se arrebente pelo meio, coragem tenho de sobra
Nunca cometi mal trato, apenas sou decidido
Só revido a rebeldia de algum cavalo exibido
Pois quem doma me entende e sabe do que eu falo
Campeiro só é campeiro, se tiver um bom cavalo.
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