Abril

Piano bar/noite

Abril
O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde, eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor.
O que você não pode, eu não vou te pedir.
O que você não quer, eu não quero insistir.
Diga a verdade, doa a quem doer.
Doe sangue e me dê seu telefone.

Todos os dias eu venho ao mesmo lugar,
Às vezes fica longe, impossível de encontrar
Mas, quando o Bourbon é bom
Toda noite é noite de luar.
No táxi que me trouxe até aqui Willie Nelson me dava razão,
As últimas do esporte, hora certa, crime e religião.
Na verdade 'nada' é uma palavra esperando tradução.
Caiu a noite tão depressa
E eu ali parado esperando a música parar
Era uma noite dessas
E eu pensando porque eu fui te encontrar

Flores atiradas na calçada
Um adeus tão frio e mais nada
Seja como for

Se hoje eu não te tenho mais
Ter tudo não me satisfaz
E se eu não fui bom nisso
Se eu não soube te fazer feliz
Você foi um vício
Levou a minha paz

E no final da festa
Teu olho verde não mentia mais
E o que me resta
É ir embora, é ir embora
(é ir embora sem olhar para trás)

Uma história muito mal contada
Página virada
Aonde foi que eu encontrei você?

Se hoje eu não te tenho mais
Ter tudo não me satisfaz
E se eu não fui bom nisso
Se eu não soube te fazer feliz
Você foi um vício

Eu conheci uma guria que eu já conhecia
de outros carnavais com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

No início era um precipício um corpo que caía
Depois virou um vício.
Foi tão difícil acordar no outro dia.
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

Se hoje eu não te tenho mais
Ter tudo não me satisfaz
E se eu não fui bom nisso
Se eu não soube te fazer feliz
Você foi um vício
Levou a minha paz
Eu conheci uma guria que eu já conhecia
de outros carnavais com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

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