O tempo
Adalberto e adrianoMinha mãe, voz doce e branda, eu me lembro com saudade
Do pé de figo, meu cachorro tão amigo
De manha colher o trigo, pão do povo da cidade
Essas lembranças fazem marejar meus olhos
Feito água dos abrolhos e eu insisto em ser menino
Quando viajo nas recordações eu choro
O lugar que hoje moro, não é o mesmo paraíso
Pedi ao tempo, que passasse devagar
Se ele disse alguma coisa, não deu tempo de escutar
Eu não sabia, que ela era tão veloz
Acho que aquele tempo, não ouviu a minha voz
O velho rio, o caminho da escola
O meu pai numa viola, dedilhando uma toada
Além da serra, Lua, estrelas reluzentes
Feito os olhos inocentes, da primeira namorada
Essas lembranças fazem marejar meus olhos
Feito água dos abrolhos, quando volto á realidade
O meu sorriso foi embora, bateu asas
Mas eu já morei na casa, dessa tal felicidade
Pedi ao tempo, que passasse devagar
Se ele disse alguma coisa, não deu tempo de escutar
Eu não sabia, que ela era tão veloz
Acho que aquele tempo, não ouviu a minha voz