Dona abastança
Adriano correia de oliveira"A caridade é amor"
Proclama Dona Abastança
Esposa do comendador
Senhor da alta finança.
Família necessitada
A boa senhora acode
Pouco a uns a outros nada
Dar a todos não se pode.
Todo o que milhões furtou
Sempre ao bem-fazer foi dado
Pouco custa a quem roubou
Dar pouco a quem foi roubado.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
INSTRUMENTAL
O bem da bolsa lhes sai
Sai caro fazer o bem
Ela dá ele subtrai
Fazem como lhes convém.
Ela aos pobres dá uns cobres
Ele incansável lá vai
Com o que tira a quem roubou
Fazendo mais e mais pobres.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
E já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
INSTRUMENTAL
Todo o que milhões furtou
Sempre ao bem-fazer foi dado
Pouco custa a quem roubou
Dar pouco a quem foi roubado.
Oh engano sempre novo
Tão estranha caridade
Pôr o dinheiro do povo
Contra o povo da cidade.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
E já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
INSTRUMENTAL
"A caridade é amor"
Proclama Dona Abastança
Esposa do comendador
Senhor da alta finança.
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