Tardes morenas de mato grosso

Com a rainha do meu destino
Fui conhecer o jardim de Alá
Onde nas flores nas madrugadas
Ainda canta o sabiá
Tardes morenas de Mato Grosso
A paz do mundo achei por lá
Árvores lindas e bem cuidadas
Soltando flores amareladas
Sobre as calçadas de Cuiabá

Domingo triste da despedida
Chora a viola do Crispim
Deixei o Mato Grosso do Norte
Mas pela deusa chorando eu vim
Eu fiz pra ela um simples verso
O universo sorriu pra mim
Minha viola brilhou nos campos
Devido aos bandos de pirilampos
Nos verdes campos lá de Coxim

A nova aurora tão radiosa
Aconteceu e segui além
Em Campo Grande fiquei pensando
Por que será que amo outro alguém?
Mas um amor assim repentino
Às vezes vale por mais de cem
Notei de modo tão caprichoso
Daquele lindo rosto charmoso
Olhar manhoso de quem quer bem

Adeus, morena matogrossense
Não sei se foi meu bem ou meu mal
Só sei que nunca na minha vida
Eu encontrei outro amor igual
Adeus, gatinha tão carinhosa
Estátua viva, escultural
Adeus menina de fala franca
Que tem na graça beleza e panca
Da garça branca do Pantanal!