Alceu valença

A flauta do abandono

Alceu valença
O poder é irmão da polícia
Que é prima carnal do estado
E dilacera chamada justiça

Quando aparece um cruzado como eu e meu fuzil
O punhal ensanguentado pra endireitar o Brasil
Getúlio treme no trono
Aggamenon no palácio prepara sete volante
Pensando que vai ser fácil acabar com um descontente
Que é fruto do abandono
Não vou desangrar desgraçado
Pra tu contar ao interventor que no sertão fui empossado pelo povo e não pelo ditador Getúlio Vargas
O mundo dá muitas volta
Mais de trezentas no ano
Marca o mês a hora e a data que eu fico lhe esperando, macaco
Eu me chamo até
Macaco

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