Arte
Alexandre lemos
O artista faz a arte como quem quase se atreve
A consertar as linhas tortas onde Deus escreve
O artista olha o pôr do sol e vê que é tão bonito
Que o artista pinta o pôr do sol pra que o pôr do sol seja infinito
O artista faz a arte como quem quase adivinha
Que entre vida e arte não há mais do que uma linha
O artista vê a lua que flutua à sua frente
E o artista pinta a lua pra que a lua seja sua eternamente
( O artista, quase santo, quase louco, vê que o vento
que só o artista pode ver, é quase assim um sentimento
que faz o sol brilhar, acorda o mar e põe a Terra em movimento
e o artista sabe, então, que sua vida é recriar esse momento)
O artista faz a arte como quem se denuncia
E assina o próprio crime de orgulho e poesia
Sabendo que, afinal, a escuridão ficou pra trás
Transforma o Verbo em arte e, o artista, não morre nunca mais
A consertar as linhas tortas onde Deus escreve
O artista olha o pôr do sol e vê que é tão bonito
Que o artista pinta o pôr do sol pra que o pôr do sol seja infinito
O artista faz a arte como quem quase adivinha
Que entre vida e arte não há mais do que uma linha
O artista vê a lua que flutua à sua frente
E o artista pinta a lua pra que a lua seja sua eternamente
( O artista, quase santo, quase louco, vê que o vento
que só o artista pode ver, é quase assim um sentimento
que faz o sol brilhar, acorda o mar e põe a Terra em movimento
e o artista sabe, então, que sua vida é recriar esse momento)
O artista faz a arte como quem se denuncia
E assina o próprio crime de orgulho e poesia
Sabendo que, afinal, a escuridão ficou pra trás
Transforma o Verbo em arte e, o artista, não morre nunca mais
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