Amácio mazzaropi

Confins do meu sertão

Amácio mazzaropi
Você quer ver,
É uma coisa tão bonita,
É a Lua cor de prata
Clareando meu Sertão.

E um cabloco
Nos braços de uma viola
Canta versos que consola
O seu pobre coração.

E lá distante
Uma ponte a murmurar
Com suas águas cristalinas
Desafiando o Luar.

Uma cabocla apaixonada,
Com saudade,
Ouve a voz de um caboclo
Que pra ela vem cantar.

Saudade,
Quem foi que te criou?
Saudade,
Não tem raça não tem cor.

Mora no mato,
Na cidade, Nos confins,
E também no coração de quem sofre igual a mim!
E também no coração de quem sofre igual a mim!

Tudo isso eu já vi
E já senti,
Quando eu era um caboclo
Apaixonado e lá vivi.

Uma canção, em noite de Lua cheia,
Com ardor o amor campeia
No fundo do coração.

E lá deixei uma cabocla apaixonada
Pobrezinha, desprezada,
Nos confins do Meu Sertão.

E na lembrança
Eu me sinto bem distante,
Infeliz sempre a cantar,
Nessa saudade tão constante.

Saudade,
Quem foi que te criou?
Saudade,
Não tem raça não tem cor.

Mora no mato,
Na cidade, Nos confins,
E também no coração de quem sofre igual a mim!(3x)

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