Velha amiga
Angela mariaToquinho e vinícius de moraes
Silene branca
Flor noturna, lua antiga
Eu te quero velha amiga
No teu palco milenar
Ao declamar
Teus loucos versos empostados
Para os jovens namorados
Que não têm onde se amar
Atriz divina
Eterna hippie dos espaços
Com a viola nos meus braços
Hoje eu vou te declarar
Que bem me importa
Abras a porta ao cosmonauta
Quando eu sinto a tua falta
Me dás sempre o teu luar
Lua vedete
Quando surges no teu palco
É preciso muito álcool
Pra curtir tua visão
Porque assim nua
Em meio a tanto poeta junto
Tu me fazes sofrer muito
Ai, que dor no coração
Ainda me lembro
Dos ciúmes que eu sentia
Ao ver antônio maria
Deslumbrado a te mirar
Ou sempre quando
Ao ver cair teu nívio xale
O poeta jaime ovalle
Não parava de chorar
Lua materna
Companheira dos boêmios
Que em teus brancos seios gêmeos
Gostam de se embebedar
Teu trovador
Com muito amor e um grão de arte
Quer cantar-te uma canção
Que ninguém nunca ousou cantar
É muito triste
Ver os homens do futuro
Ir erguendo um novo muro
No teu solo milenar
Por isso hoje
No teu colo, mãe serena
Vim cantar-te a minha pena
Nesta noite sem luar