Angelica rizzi

De olhos vendados

Angelica rizzi
Vou te contar uma coisa
Cê nem vai acreditar
Quando te vejo assobiar
Eu vejo o mar
E, não adianta
Uma folha se soltar
Com a ventania
Eu me mostro,
escrevo
Me debruço na tela do dia-dia
E, se foi Deus
Quem me escolheu:
Eu desci do céu
Só para te ver, para ficar em você

Só o meu olhar é infinito
E, tem a doçura do mel
Só eu que tenho amor
Só eu
Menino não negue a paixão que movimenta
A linfa da tua pele
A cor afogueda do teu rosto
há sempre uma nova canção
Para chorar a ausência de um beijo
Um poema, que sobrevive ao amor!
Tão perto de você

há luz que irradia

e, toda fantasia

se transforma em desejo

Eu vivo tão perto

tão longe de você

Eu sempre desperto
Para te receber
Eu não tenho flores, e
desconheço o segredo das constelações
Mas, eu te entrego poesia
Eu te deixo entrar em mim
O meu abraço
é como a brisa fresca
que acaricia teu rosto depois da chuva
e cê espera as manhãs
eu te devoro
eu te levo para casa
e cê nem sabe
nem desconfia:
que já é meu

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