A carta
Antônio marcosO dia amanheceu,
Vazio e sem motivo,
Ele nasceu, eu perdi você,
Na madrugada que se foi...
Na noite que passou
Brigamos tanto,
A gente nem se amou...
E agora, meu bem,
O que era doce se acabou!
As roupas pelo chão,
A chave, uma carta
em minha mão,
E estava escrito ali
Naquela carta que eu li:
Uh...uh...uh...
Débora Duarte declama:
"Amigo,
Quando seus olhos fugiram
Me adormeceram.
Quando lá fora e nesse quarto
as luzes se apagaram,
Eu senti no peito
uma tristeza,
um vazio na alma!
Acordei silenciosamente
numa amargura,
Amargamente calma,
Decidi partir...
Sabe, amigo,
Quando seus braços
se desamarraram do meu corpo
Quando meu corpo se esfriou
Na cama quente (...)
Eu percebia
a gente se perdendo!
Eu presentia a solidão
de tudo me mordendo...
Eu não poderia mesmo
amanhecer aqui,
mais uma vez!"
Antônio Marcos canta:
O medo, a solidão
Me sufocando,
tanta frustração...
Mas estava tudo ali
Naquela carta que eu li...
Vocal:
O dia amanheceu
Vazio e sem motivo,
Ele nasceu, eu perdi você
Na madrugada que se foi...
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