Sino da minha aldeia
António zambujo
Oh sino da minha aldeia
Dolente na tarde calma
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma
Dolente na tarde calma
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma
E é tão lento o teu soar
Tão como triste da vida
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida
Por mais que me tanjas perto
Quando passo sempre errante
És para mim como um sonho
Soas-me na alma distante
A cada pancada tua
Vibrante no céu aberto
Sinto mais longe o passado
Sinto a saudade mais perto
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