A festa é da massa
Arlindo cruz e sombrinha
Já reneguei minha raça
Pra lhe agradar
Hoje você me encurrala
Só pra sambar
Olha que a festa da massa
Ainda não morreu
Chega de meter o dedo
No que não é seu
Um dia eu sambo na praça
Pra lhe agradar
Hoje você me encurrala
Só pra sambar
Olha que a festa da massa
Ainda não morreu
Chega de meter o dedo
No que não é seu
Um dia eu sambo na praça
Quem sabe brinco na rua
Você vai ver que a desgraça
Foi toda por culpa sua
Não soube ser companheiro
Já me vendi por dinheiro
Dinheiro que na verdade
Nunca me deu liberdade
Quem sabe a falsa alegria
Que você tanto irradia
Não seja fruto do medo
Que um dia eu venho a saber
Que o seu reinado está perto do fim
Você não é nada sem mim
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