Mal farquejado
Baitaca
Minha cantiga tem cheiro de pasto e chão
e no garrão trago a pá das minhas esporas
chapéu quebrado na testa pronto pra um grito de guerra
pra cantar a minha terra não tem dia e não tem hora
meu verso ninguém explora que eu empaco e me boleio
e meu canto é que nem rio cheio
cresce e bufa campo a fora
e no garrão trago a pá das minhas esporas
chapéu quebrado na testa pronto pra um grito de guerra
pra cantar a minha terra não tem dia e não tem hora
meu verso ninguém explora que eu empaco e me boleio
e meu canto é que nem rio cheio
cresce e bufa campo a fora
sou um palanque de puro cerne cravado
mal falquejado e não apodreço no chão
cantando agradeço a deus
pelo dom da natureza
e essa voz sai com certeza
na garganta desse peão
sou faísca de um tição
de algum fogo galponeiro
e nesse compasso campeiro
eu não vou frouxar o garrão
sou índio taura que respeita os meus amigos
vejo perigo saio rolando na poeira
pode ser um tipo atoa
que eu respeito e não debocho
se me apertar eu não frouxo
nem no plaino e na ladeira
sou da terra missioneira
abram cancha pro Baitaca
que ainda não foi feita a faca
pra falquejar essa tronqueira
(De ser xucro e aporreado
isso são defeitos meus
quem não gostar do meu jeito
que vá se acertar com Deus)
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