Barrako 27

Dança dos vandalos

Barrako 27
Mais um dia acordo chovem-e ideias a cantaros
Mais um dia acordo pronto pa dança dos vandalos
Meio graff, lata no chão, a bófia actuou
Sangue numa lata, alguem ripostou
Talentos vestem de cor esta cidade nua
Incompreendida, mal amada arte de rua
Filhos da madrugada como testemunho o céu
Eu surgo na alvorada apoio sou cruel
Ainda ontem eram feios os muros que me rodeiam
Hoje têm cores vivas que me encandeiam
Transmitem-me alegria, imagino o prazer
Que me dava se eu tivesse o don iriam ver
Com uma lata havia de ter dar que falar
Com uma lata poderia o mundo mudar
Numa parede mal tratada, vazia indicada
Arte urbana vai ser carimbada


Pinta o sol, pinta o ceu, pinta o mar
Mostra com atitude a arte que estas a representar
Pinta amor, pinta a dor, pinta a paz
Mostra aos cépticos do que o hip-hop é capaz
Pinta o don, pinta o som, pinta a mensagem
Mostra oa mundo que a cultura não é miragem
Pinta aqui, pinta ali, pinta-te a ti
Porque eu só pintava a opurtunidade que perdi


Porque acordar de manha não é apenas abrir os olhos
É acordar de uma noite de sonhos com graffiti aos molhos
Pois é que dentro da tola não vão simples pensamentos
Comer, dormir, foder, ficar tristes com ceus cinzentos
É sempre recear de uma bala perdida
Que embalada a surra dos comboios larga na corrida
Mas pra quem tem coragem, não desiste a primeira
Já faz parte de um corpo que nota falta do que cheira
Junta-te a este vicio que fez de putos assassinos
Que não matam, por descer esgotos e cheiros
A tinta traçam, a noite cai, na pasta a lata vai
A mãe ja dorme e sai no sono escorrega e cai
Puxa a meia para cima, mete o gorro e vai pra guerra
Caminha na auto-estrada apita o carro manda-o a merda
Traça o primeiro traço e logo o tasco com ele encerra
Acordou a fera a volta da esfera vem e gira


Pinta o sol, pinta o ceu, pinta o mar
Mostra com atitude a arte que estas a representar
Pinta amor, pinta a dor, pinta a paz
Mostra aos cépticos do que o hip-hop é capaz
Pinta o don, pinta o som, pinta a mensagem
Mostra oa mundo que a cultura não é miragem
Pinta aqui, pinta ali, pinta-te a ti
Porque eu só pintava a opurtunidade que perdi

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