Capricho do destino
Belmonte e amaraíNasceu um filhinho que tanto sonharam
Por mais alguns tempos viveram felizes
Depois cruelmente os dois se apartaram
Ele foi embora para bem distante
E não mais souberam do seu paradeiro
Ela ficou so com o filhinho
Chorando a saudade do seu companheiro
Um dia porem já muito cansada
Do triste martirio que ela sofria
Por falsa ilusão deixou de ser nobre
Passou a viver so na boemia
Num triste abandono ficou o menino
Longe dos seus braços sem os seus carinhos
Enquanto os seus pais seguiram outro rumo
Ele foi crescendo só em maus caminhos
E foi numa noite quando o trem noturno
Fez a parada naquela estação
Um passageiro sacou de uma arma
E sem piedade matou um ladrão
Entre a multidão que ali se ajuntou
Ela foi tambem pra ver o ocorrido
E com grande espanto sem vida encontrou
Na plataforma seu filho caido
Tal qual uma louca chorando e gritando
Focou os seus olhos ao criminoso
E neste momento reconheceu
Que aquele homem era o seu esposo
Assim é o capricho da vida enganosa
Que o destino exibe em cenas reais
Crianças de crescem desamparadas
Pagam os erros que devem os seus pais
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