Pé de cedro
Belmonte e amaraí
Foi num belo Mato-Grosso há vinte anos atrás
Naqueles tempos queridos que não voltam nunca mais
Nas matas onde eu passava um pequeno arbusto achei
Levando pra minha casa no meu quintal plantei
Naqueles tempos queridos que não voltam nunca mais
Nas matas onde eu passava um pequeno arbusto achei
Levando pra minha casa no meu quintal plantei
Era um belo pé de cedro, pequenino, em formação
Sepultei suas raízes na terra fofa do chão
Um dia parti pra longe, amei, também sofri
Vinte anos se passaram em que distante eu vivi
"À Virgem Santa sagrada uma prece eu vou fazer
Junto ao meu pé de cedro é que desejo morrer
Quero ter sua sombra amiga projetada sobre mim
No meu último repouso na cidade de Coxim"
Hoje volto arrependido para o meu antigo lar
Abatido e comovido, com vontade de chorar
E rever meu pé de cedro que está grande como o quê
Mas é menor que a saudade que eu sinto de você
Cresceu como minha mágoa, cresceu numa força rara
Mas é menor que a saudade que até hoje nos separa
A terra ficou molhada do pranto que derramei
Que saudade, pé de cedro, do tempo que eu te plantei
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