Berenice azambuja

Grito de saudade

Berenice azambuja
Senti meu grito repicar no infinito
Me deu saudade dos costumes do rincão
A pionada se chegando a tardinha
Puxava um cepo e tomava um bom chimarrão

Sinto saudade da minha velha gaitinha
Que resmungava lá no fundo do galpão
Todo gaúcho que nasce pra ser gaúcho
Na verdade ele se orgulha em ter
nascido neste chão

Eu me lembro ainda da carreta que ringia
Fazendo poeira na estrada onde passava
O charquezito não faltava na broaca
Para comer um carreteiro com a pionada

É tudo isto meu amigo e um pouco mais
Que a lembrança me ajuda a recordar
Quero voltar o quanto antes à querência
Pois a malvada saudade me obriga a retornar

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