Berenice azambuja

Tudo que o velho gosta

Berenice azambuja
Meu velho é um peão largado que nunca negou a sina,
Em ser flor de assanhado por fandango, canha e china
Conhecedor do riscado, entrava em qualquer biboca
Para um surungo enfezado, um retoço com a chinoca.

Eu fui seguindo no pasto o rastro das suas botas
Por isso é que eu também gosto de tudo que o velho gosta

Jogo de osso, entrevero, uma carpeta de truco
Um chão batido em candeeiro pra dançar o suco-suco
Cambicho fim de semana, rabicho de pega-pega
O cicho no quero mama e o namoro nas macegas

Aquela paixão baguala que nunca teve sossego
De repente nos piala corpo a corpo nos pelegos
O velho é que tem razão bom mesmo é se encambichar
Não há quem não queira não uma sarna pra se coçar

Eu fui seguindo no pasto o rastro das suas botas
Por isso é que eu também gosto de tudo que o velho gosta

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