Rock 'n' roll (part. edi rock)
Black alienAh, de novo não
Jovem não dificulta
Folgado assim não chega nem na idade adulta
Prove do seu próprio veneno
Filho da puta que você destila
Iguais a tu, deixo vários no sereno
Entra na fila, vai vendo
Eu passo reto é mais um gol
No embalo imaginário do bebê de Bebeto, and here I go
Estilo copa de 94, eu tinha 22
Underground, conhaque e erva
De dia feijão com arroz
No primeiro round, eu checava o mic
E vai que vai, um, dois, um, dois, e é mais um que cai
E hoje são mais
Vinte anos e avante, não atrapalha
E eu me mantenho relevante
Entre uma pá de rima palha
Então, irmão, não me atravessa porque eu não deixo
Meu verso é boxe no queixo
Vem me atacar na vida pessoal
Sai do eixo e passa mal
Quer saber de mim, abre o jornal, abre o portal
Eu vim da imensidão do espaço sideral
Eu sou rock'n'roll, eu sou rock'n'roll
Eu sou Rock, sou black, sou samba
Nascido em São Paulo, sou cria do rap bamba
Eu sou daquele tempo que só nós acreditava
Com walkman no ouvido, adormecia e bolava
Sonhava em ser Thaíde, os cara um por um
Black Juniors, Mc Jack, Dj Ninja e Dj Hum
Eu atirei na morte, tive sorte, fui pro jogo
Venho da Zona Norte, seu caio, volto mais novo
Não tinha banca forte, um lobo solitário
Um homem invisível, chamado de otário
Mas fui um visionário, tracei o intinerário
Pra mim não tinha folga, qualquer hora era o horário
Rimava nas calçada, nas praças, porta de igreja
Em mesa de sinuca, nos bote, em troca de breja
Mas eu tenho uma certeza só, eu faria tudo igualzinho
Faria a mesma rima, mesmo som, mesmo caminho
Porque sou Rock
Eu sou rock'n'roll, eu sou rock'n'roll
Uma pá de pé de breque
Na bota, no pé do Black
Querendo pagar pra ver
Sem fundos pra cobrir seus cheques
Veneno eu também destilo
Só que é questão de estilo
A minha fonte abundante de versos
Jah faz com que não seque
Vida que segue e é aquilo, rap e reggae
Poesia em movimento
Ou movimentar um quilo?
Somos feitos das nossas escolhas
Alguns momentos são tipo assim: Humm... Melhor ficar na encolha
Escrevendo até secar a tinta da caneta
E no dedo criar bolha
A bereta em mais um beat e eu viro a folha
Meu irmão, eu deixo no caderno o duelo
Entre os meus anjos e demônios internos
Falta humildade relativa no ar
Difícil de respirar, não chega em nenhum lugar
Vou escapar no zum, zum, zum, zum
Eu vou fugir com meus moleques só ouvindo plunct, plact, zum zum zum
Eu sou rock'n'roll, eu sou rock'n'roll
Ai, ai, ai, de repente
Uma na agulha
Dezesseis no pente
Eles procuram um alvo pra sua queixa mais recente
Lembro da minha avó
Lágrimas riscando meu rosto, secam minha mente
Me preparam pro que vem pela frente
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