Mulher de ninguém

O fim da noite se aproxima novamente
E como sempre só lhe traz a solidão
Frequentemente sua casa é visitada
Por elementos que só vivem de ilusão

Você se veste simplesmente pra esperar
Quem te abraça você chama de querido
Infelizmente nesse lar sou vagabundo
Faço papel como se fosse seu marido

E no vazio de uma noite tão calada
Desesperada ela chama por alguém
Por não saber respeitar sua moral
Paga bem caro esta mulher de ninguém

É fim de noite as luzes se apagam
A solidão só lhe causa desespero
E tão cansada se atira em seu leito
E sufoca sua mágoa ao travesseiro

Você se veste simplesmente pra esperar
Quem te abraça você chama de querido
Infelizmente nesse lar sou vagabundo
Faço papel como se fosse seu marido