Boi caprichoso

Amazônia, o encontro dos povos

Boi caprichoso
Amazônia
O encontro das águas nas cores do manto de tupã
Tecido na selva
Vazante, piracema, migrações
Nos olhos de acunã
Nos olhos de acunã

Teu tempo no espaço
Teus remos no prisma de um passageiro
Águas de omágua, infinitas águas, jardins das ocaras
Teus cantos tua dança a herança encravada no teu seio
Ibero amazônia, o sol do oriente no tear da amazônia
Terra de muitas raças, de muitas ervas
De muitas léguas onde canta o curió

Terra de muitas caras e muitas crenças
E muitas lendas ao sabor dos araçais
Dos mestres pesqueiros, do caboclo mateiro
Do canto das aves, dos troncos
Barrancos que ouvi cair
Dos mestres pesqueiros, do caboclo mateiro
Do canto das aves, dos troncos
Barrancos que ouvi cair

Ouvi o canto das senzalas
Ylê aiyê
Ouvi o grito do tapuia
Herauê
É cabano é cabanagem
Folguedos bumba-meu-boi, paroara
Sentir o batuque da toada, pastorinhas e romeiros
Touro negro sem rival na porteira azulada
Rufa o tambor marujeiro
Sentir o batuque da toada
E o chamado da estrela
Touro negro sem rival na porteira azulada
Rufa o tambor marujada

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