Terra, mãe ancestral
Boi caprichosoRáume, Mãe Oxum
Mãe Oxum!
Yepá!
Fogo queima, aquece
Fruto, manto floresce
Braços, raízes
O sangue é seiva que desce
Vento dos cabelos de Iansã
Olhos turmalinas que brilham
Águas que beijam a praia, o mar de Yemanjá!
Odoyá!
Teus rochedos e montanhas
Teus bosques, mangue, lama
Cura tudo aquilo que inflama
Mãe, natureza-mãe
Mãe-terra, deusa-mãe
Dos filhos que protegem teu congá
Divina, mãe que guarda a cria
Fauna, flora, vida
Minérios submersos, teu colar
Está nos vulcões do Havaí
No gelo do primitivo Odin
Nas montanhas sagradas dos Navajos
Nas cordilheiras dos Andes
No abissal dos mares (do céu, do sol e da lua)
Em todos os lugares
Nas areias do Sáara
Vestida em Amazônia
Eu trago bonança
Meu sopro, esperança
Ceuci, primitiva, minha dança se fez universo
Fui terra Pangeia
Fui Éden, sou pedra
Sou flor, viro guerra
Sou a festa de um boi
Negro Caprichoso!
Auê, arauê
Ave, peixe, inseto e réptil
Auê, arauê
Campo, alimento, solo fértil
Dança, tribo, canta, tribo!
Ilha, ponta, continente ou mar aberto
Dança, tribo, canta, tribo!
Casa, mãe e filho, amor eterno
É tambor do meu boi pra você, oh, mamãe
Mãe Terra!
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