Boi de morros

Liberdade

Boi de morros
Oh liberdade!
Que não pude tê-la
Que não pude exercê-la
Em cem anos de abolição
Pois me negaram um espaço
Político e cultural
Econômico e social
Me trataram com discriminação
Da senzala à favelados
De escravo à assalariado
De ama de leite à amante do senhor
De mãe solteira a mulata de show
Êh oh!
E hoje um novo canto
Entoam nos ares
E clama como o dos palmares
Por plena libertação
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