Legado de seringueiro

Vem cantar, amo do boi
Trovador e cancioneiro
Vem versar sobre a história de um povo seringueiro

Nordestino sertanejo
Que migrou para a Amazônia
Foi soldado da borracha
Guiado por luz de poronga
Entalhou, desbravou, defumou
Sustentou com suor o esplendor
Seu legado cultural
Já faz parte do meu boi

Eu sou a mistura de norte e nordeste
Sou o auto do boi
Sou a celebração que canta o folclore
O repente, a toada, a ladainha
A sanfona e a viola
Sou devoto de Nossa Senhora
Tenho fé no coração
A sua bênção, meu padre Ciço
Vou brincar no folguedo de São João
Boi de reis, Pindaré, Maracanã
Maioba, Calemba, Axixá
Tem zabumba, pandeiro
Orquestra e matraca no meu boi-bumbá

Em Parintins reina meu Boi Garantido
Em Parintins reina meu Boi Garantido

Boi, boi, boi, boi, boi
É o povo feliz a cantar
A dançar dois pra lá, dois pra cá
Na festa vermelha do meu boi-bumbá
Boi, boi, boi, boi, boi
É o povo feliz a brincar
Com o amo, o boi e a sinhá
Na miscigenação do nosso boi-bumbá