Cacique e pajé

O grã-fino e o boiadeiro

Cacique e pajé
Quase caiu na armadilha o boiadeiro de palavra
Porque o pai da ricaça uma surra lhe jurava
Certo dia distraído passeando pela praça
Entrou no bar do grã-finos pra tomar uma cachaça.

Nesse dia o diabo entrou na casa da reza
Mas quando o homem não deve sua consciência não pesa
Ali estava o grã-fino em uma mesa sentado
Quando viu o boiadeiro caminhou para o seu lado


Foi dizendo para o moço hoje chegou o seu dia
Agora a história termina do jeito que eu queria
Batendo a mão na cintura arrancou um parabelo,
O grã-fino e o boiadeiro ali tiveram um duelo

O cidadão nessa hora veio encontrar a derrota
Numa laçada de reio chegou a virar cambota
Boiadeiro de palavra foi cortando ele na guasca
Cada lambada que dava do couro tirava lasca

O grã-fino derrotado que nem galo sem poleiro
Era o pai da ricaça que casou com boiadeiro
Ela quis fazer bonito, mas o caso ficou feio
Além da filha caraça o velho dançou no reio

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