Protesto
Cacique e pajéDo ano dois mil do computador
Você que tá crente que é dono do mundo
E já não precisa de Deus e do amor
Com máquina incrível conquista o espaço
E nem olha pra baixo pra ver se deduz
Gastaram dinheiro para ir na lua
E na minha rua não tem água e nem luz.
Não pensa que estou criticando o governo
Não creio que seja só ele o culpado
A maldade esta no coração do homem
Que desde o começo já vem tudo errado.
Eu tenho certeza que vão conseguir
Provocar a ira de Deus mais profunda
Mostrando a maldade que existe a terra
A onde prospera a mente imunda.
Você que é nobre e é industrial
Só lê no jornal sobre a natureza
Pois sabe que eu planto e luto na roça
Para que você possa comer bem na mesa.
Te peço que não exagere com isso
Pois você me fere com sua omissão
Se veste na seda de terno e gravata
E aos poucos me mata com poluição.
Escute o conselho por caridade
A tua vaidade ter leva ao inferno
Só meu produto que não valoriza
Me tira a camisa para andar de terno
Por que não divide parte do conforto
Que você conquista com jogo intruso
Pra salvar milhões de crianças que morrem
Por esta razão eu protesto o abuso.
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