Solidão
Candinho e inês
Quem sabe um dia desses a luz da consciência
Repouse o seu clarão no coração dos homens.
Retire essa avidez dos olhos
E o deserto da sua boca.
Quem dera um dia desses a solidão dos homens,
Com sua espada, fundo lhes ferisse o peito,
Tomasse conta do seu leito
E se fizesse companheira.
Só assim lhes abriria os olhos,
Céu azul se tornaria,
Luz do sol, flor pelos caminhos,
Só assim se acenderia o peito,
Só assim compreenderiam
Que essa dor de querer sozinho
Repouse o seu clarão no coração dos homens.
Retire essa avidez dos olhos
E o deserto da sua boca.
Quem dera um dia desses a solidão dos homens,
Com sua espada, fundo lhes ferisse o peito,
Tomasse conta do seu leito
E se fizesse companheira.
Só assim lhes abriria os olhos,
Céu azul se tornaria,
Luz do sol, flor pelos caminhos,
Só assim se acenderia o peito,
Só assim compreenderiam
Que essa dor de querer sozinho
Há de ganhar céu e dia,
Há de querer coisa viva,
Há de tomar sua vida,
Levar pela mão,
Mandar no que vai dizer.
Cada vez que pensarem no mundo,
Só negar o caos, imenso vendaval
Cada flor que vier no caminho,
Só ilusão dos olhos,
Só ambição da alma
Pensar:
Hoje a poesia sou eu!
Hoje a poesia sou eu!
Hoje os meus sonhos são meus!
Hoje o meu eu sou eu!
Há de ganhar céu e dia,
Há de querer coisa viva,
Há de tomar sua vida,
Levar pela mão,
Mandar no que vai dizer.
Há de ganhar céu e dia.
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