Carlos gardel

A media luz

Carlos gardel
A media luzCorrientes tres cuatro ocho
Segundo piso ascensor
No hay porteros ni vecinos
Adentro cocktail y amor

Pisito que puso mapple
Piano, estera y velador
Un telefón que contesta
Una vitrola que llora

Viejos tangos de mi flor
Y un gato de porcelana
Pa' que no maúlle el amor

Y todo a media luz
Que es un brujo el amor
A media luz los besos
A media luz los dos
Y todo a media luz
Crepusculo interior
Que suave terciopelo
La media luz de amor

Juncal, doce, veinticuatro
Telefoneá sin temor
De tarde, té con masitas
De noche tango y champán

Los domingos, té danzante
Los lunes desolación
Hay de todo en la casita:
Almohadones y divanes

Como en botica, cocó
Alfombras que no hacen ruido
Y mesa puesta al amor

A meia luzCorrentes, três, quatro, oito
Segundo andar
Não há porteiros nem vizinhos
Dentro coquetel e amor
Piso, que ponho maple
Piano, esteira e mesa de abajur
Um telefone que chama
Uma vitrola que toca
Velhos tangos de minha flor
E um gato de porcelana
Pra que não mie o amor
E tudo a meia luz
Que é um feiticeiro o amor
A meia luz os beijos
A meia luz os dois
E tudo a meia luz
Crepúsculo interior
Que suave veludo
A meia luz do amor
Junco, doze, vinte e quatro
Telefone sem medo
De tarde chá com bolos
De noite tango e champanhe
Nos domingos chá dançante
Nas segundas frigidez
Há de tudo na casa
Almofadas e divãs
Como em farmácias, cocó
Tapetes que não fazem barulho
E mesa posta ao amor
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