Carlos gardel

Alma en pena

Carlos gardel
Alma en penaAún el tiempo no logró
llevar su recuerdo,
borrar las ternuras
que guardan escritas
sus cartas marchitas
que tantas lecturas
con llanto desteñí...
¡Ella sí que me olvidó!...
Y hoy frente a su puerta
la oigo contenta,
percibo sus risas
y escucho que a otro
le dice las mismas
mentiras que a mí...

Alma... que en pena vas errando,
acércate a su puerta
suplícale llorando:
Oye... perdona si te pido
mendrugos del olvido
que alegre te hace ser...
¡Tú me enseñaste a querer y he sabido!
Y haberlo aprendido
de amores me mata...
Y yo que voy aprendiendo hasta a odiarte,
tan sólo a olvidarte
no puedo aprender.

Esa voz que vuelvo a oír,
un día fue mía,
y hoy de ella es apenas
el eco el que alumbra
mi pobre alma en pena,
que cae moribunda
al pie de su balcón...
Esa voz que maldecí,
hoy oigo que a otro
promete la gloria,
y cierro los ojos,
y es una limosna
de amor, que recojo
con mi corazón.

Alma em lutoMesmo o clima não
tomar as suas memórias,
excluir a ternura
para manter escrita
suas cartas desbotadas
leituras tantas
desteñí com lágrimas ...
Ela com certeza eu esqueci! ...
E hoje em frente à sua porta
Eu ouço feliz,
perceber o riso
e ouço outro
diz-lhes
mente para mim ...
Alma ... na tristeza você errante,
chegar perto de sua porta
rogar-lhe chorando:
Ei ... perdoe-me se eu pedir
pedaços de esquecimento
que te faz feliz ...
Você me ensinou a amar e ter conhecido!
E tendo aprendido
do amor está me matando ...
E eu estou aprendendo a odiar você,
só para esquecer
Eu não posso aprender.
Aquela voz que eu ouço,
uma vez que era meu,
e hoje é apenas
ecoar o esclarecedor
minha pobre alma perdida,
moribundo queda
ao pé da varanda ...
Aquela voz que maldecí,
Hoje eu ouvi que outro
promessas de glória,
e fechar os olhos,
e caridade
de amor, eu escolho
com meu coração.
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