Leite preto
Carmen queiroz
Um anjo cabinda,
Na lida desta terra
Trabalha, trabalha, trabalha feito um boi
Vem linda benguela,
Revela-me em teu canto
Me diga, me diga, me diga como foi
Na chibata, na senzala, no melaço e no navio
Na esperança verde cana, no arado e no ardil
Na saudade que invade com seu pranto
O plantio
Sob o sol, em lousa negra
O sangue escreve com seu fio
Na lida desta terra
Trabalha, trabalha, trabalha feito um boi
Vem linda benguela,
Revela-me em teu canto
Me diga, me diga, me diga como foi
Na chibata, na senzala, no melaço e no navio
Na esperança verde cana, no arado e no ardil
Na saudade que invade com seu pranto
O plantio
Sob o sol, em lousa negra
O sangue escreve com seu fio
Congo, Quiloa, Benguela, Monjolo
Cabinda, Angola, Mina e Rebolo
Ah! Mãe África,
Dá asas a minh?alma
É, a vista nã alcança
Dá-me fé, no que ainda virá
Sei, onde a palmeira dança
No Quilombo dos Palmares
Suas matas e seus rios
Seiva o tronco, livra o peito
Onde aflora o desafio
Tanto sonho, tanto luta
Por um eito de Brasil
Raça negra, leite preto
Que alimenta seu zinfio
Congo, Quiloa, Benguela, Monjolo
Cabinda, Angola, Mina e Rebolo
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