Poker
Charles aznavourJe me suis laisser entraîner
Dans un tripot la semaine dernière
Dans une salle enfumée
Nous nous sommes installés
Autour d'une table de poker
On a enlevé nos vestons
Commandé force boissons
Puis la partie a commencé
Telle que je vais vous l'expliquer
On prend les cartes, on brasse les cartes
On coupe les cartes, on donne les cartes
C'est merveilleux on va jouer au poker
On prend ses cartes, on regarde ses cartes
On s'écrie: Cartes! Puis l'on écarte
J'en jette trois car j'ai déjà une pair
Quand tout le monde a son jeu
On se regarde en chien de faïence
On essaie de lire dans les yeux
Du voisin plein de méfiance
J'ai pris trois cartes et lui deux cartes
Vous combien de cartes? Moi juste une carte
Faut s'éfier y'a du bluff dans l'air
Je suis blind à toi de parler
Dit au second le premier
Et ce dernier s'écrie: Parole!
Le troisième mise cent francs
Je dis: Tes cent, plus mille francs
Les deux autres s'arrêtent au vol
Le troisième me dit: Voilà
Tes mille francs! Qu'est ce que tu as?
Trois dames, j'ai gagné je crois
Non, dit-il car j'ai trois rois!
On prend les cartes, on brasse les cartes
On coupe les cartes, on donne les cartes
Je me dis qu'es-tu venu faire dans cette galères?
On reprend les cartes, on regarde ses cartes
On s'écrie: Carte! Puis l'on écarte
Je me dis maintenant va falloir se refaire
Pendant toute la partie
Je me faisais des reproches
Quand se termina la nuit
Je n'avais plus rien en poche
Avant que je ne parte, je prends les cartes
Je déchire les cartes
Je jette les cartes
Et les piétine avec colère
Mais au moment de m'en aller
J'entends des coups de sifflet
Une descente de police
Les inspecteurs du quartier
Veulent tous nous interroger
Me voici devant la justice
Ils me disent: Mon garçon
Nous sommes bons et te donnons
Une minute pour t'expliquer
Je leur ai dit affolé
On prend les cartes, on brasse les cartes
On coupe les cartes, on donne les cartes
Je n'ai jamais rien eu de meilleur qu'une paire
On reprend ses cartes, on regarde ses cartes
On s'écrie: Cartes! Et l'on écarte
Je vois très bien me dit le commissaire
On va vous emprisonner
Car du reste je m'en fiche
Mais on va vous affecter
Au département des fiches
On prend les cartes, on regarde les cartes
On trie les cartes, on range les cartes
En prison je suis devenu fonctionnaire
Tout ça parce qu'un jour
Un bien triste jour
J'ai voulu jouer au poker
Deixei-me arrastar
A uma casa de jogo, na semana passada
Numa sala enfumaçada
Nós nos sentamos
Em volta de uma mesa de pôquer
Tiramos nossos casacos
Encomendamos muitas bebidas
Depois, a partida começou
Tal qual eu vou lhes explicar
Pegam-se as cartas, embaralham-se as cartas
Cortam-se as cartas, distribuem-se as cartas
É maravilhoso, vai-se jogar pôquer
Pegam-se as cartas, olham-se as cartas
Grita-se: Cartas! Depois, afastam-se
Ponho três de lado, pois já tenho um par
Quando todos já estão com o jogo pronto
Olham-se uns aos outros com cisma
Tenta-se ler nos olhos
Do vizinho muito desconfiado
Peguei três cartas e ele, duas cartas
Você, quantas cartas? Eu, só uma carta
Atenção, alguém está blefando
Eu sou pingo, você é quem manda
Diz ao segundo o primeiro
E esse último grita: Mesa!
O terceiro aposta cem francos
Eu digo: Teus cem, mais mil francos
Os outros dois param na hora
O terceiro me diz: Pronto!
Teus mil francos! O que tens?
Três damas, acho que ganhei
Não, diz ele, pois tenho três reis!
Pegam-se as cartas, embaralham-se as cartas
Cortam-se as cartas, distribuem-se as cartas
Pergunto-me: O que você veio fazer neste pesadelo?
Retomam-se as cartas, olham-se as cartas
Grita-se: Cartas! Depois, afastam-se
Eu digo a mim mesmo agora vai ser preciso virar o jogo
Durante toda a partida
Eu me censurava
Quando a noite acabou
Eu não tinha mais nada no bolso
Antes de sair, pego as cartas
Rasgo as cartas
Jogo as cartas
E as pisoteio com raiva
Mas, no momento de sair
Eu ouço apitos
Uma batida policial
Os inspetores do bairro
Querem todos nos interrogar
Eis-me perante a justiça
Eles me dizem: Meu menino
Nós somos bons e te damos
Um minuto para te explicar
Eu lhes disse, apavorado
Pegam-se as cartas, embaralham-se as cartas
Cortam-se as cartas, distribuem-se as cartas
Nunca tive nada melhor que um par
Retomam-se as cartas, olham-se as cartas
Grita-se: Cartas! Depois, afastam-se
Estou entendendo muito bem, diz o delegado
Nós vamos prendê-lo
Pois, o resto não me interessa
Mas, vamos empregá-lo
No departamento de fichas
Pegam-se as cartas, olham-se as cartas
Separam-se as cartas, arrumam-se as cartas
Na prisão, tornei-me funcionário
Tudo isso porque, um dia
Um dia muito triste
Eu quis jogar pôquer