Vento violeiro
Cláudio lacerda
Vento violeiro da noite venha cantar minha mágoa
Poeta o nosso lamento, com o barulho das águas
Pendura raios e estrelas na viola em forma de tir
E no terreiro dos campos faça esquentar o catira
Poeta o nosso lamento, com o barulho das águas
Pendura raios e estrelas na viola em forma de tir
E no terreiro dos campos faça esquentar o catira
Afine nossa viola no galho seco do ipê
No festival do sertão, todos esperam você
As folhas mortas rolando com seu assopro macio
É a natureza dançando nas águas frescas do rio
Na cama azul da saudade
Vê se embala o sono dela
Vento violeiro te peço,
Faz serenata prá ela
Vento violeiro da noite vem cantar em meu telhado
As tristes vozes que o tempo traz no coral do pas
Meu grito de solidão com o teu canto chorado
Forma dupla de tristeza, soluçando duetado
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