Pão e poesia
Cláudio linsÉ uma cidade pequenina...
É uma casinha, é uma colina...
Qualquer lugar que se ilumina...
Quando a gente quer amar...
Se a vida fosse trabalhar...
Nessa oficina...
Fazer menino ou menina...
Ter edifício em Maracá...
Virtude e vício...
Liberdade e precipício...
Fazer pão, fazer comício...
Fazer gol e namorar...
Se a vida fosse o meu desejo...
Dar um beijo em teu sorriso...
Sem cansaço...
E o portão do paraíso...
É teu abraço...
Quando a fábrica apitar...
Felicidade...
É uma cidade pequenina...
É uma casinha, é uma colina...
Qualquer lugar que se ilumina...
Quando a gente quer amar...
Cumprindo o espaço...
A passagem...
Entre o pão e a poesia...
Entre o quero e o não queria...
Entre a terra e o luar...
Não é na guerra...
Nem a saudade...
Nem futuro...
É o amor no pé do muro...
Sem ninguém policiar...
É a faculdade...
De sonhar...
É a poesia...
Que principia...
Quando eu paro de pensar...
Pensa na luta desigual...
Na força bruta,...
Meu amor...
Que te maltrata...
Entre o almoço e o jantar...
Felicidade...
É uma cidade pequenina...
É uma casinha, é uma colina...
Qualquer lugar que se ilumina...
Quando a gente quer amar...
O lindo espaço...
Entre a fruta e o caroço...
Quando explode é um alvoroço...
Que distraiu o teu olhar...
É a natureza.
Onde eu apareço metade...
Da tua mesma vontade...
Escondida em outro olhar...
E como doce...
Não esconde a Tamarinda...
Essa beleza só finda...
Quando a outra começar...
Vai ser bem feito...
Nosso amor daquele jeito...
Nesse dia é feriado...
Não precisa trabalhar...
Pra não dizer...
Que eu não falei da fantasia...
Que acaricia o pensamento popular...
O amor que fica entre a fala...
E a tua boca...
Nem mesmo a palavra mais louca...
Consegue significar felicidade...
Felicidade...
É uma cidade pequenina...
É uma casinha, é uma colina...
Qualquer lugar que ilumina...
Quando a gente quer amar...
Quando a gente quer amar...
Quando a gente quer amar...
Quando a gente quer amar...