Cores raras

Gatuna

Cores raras
Ai de mim!
A minha sina não é pouca.
Eu vivo a noite feito louca
A desejar sem fim...
Olhos à mercê da lua cheia
À procura de um martini
Ou qualquer coisa assim.
Perceba, meu bem,
Não fico a toa, o passo é solto,
Feito vulto ou sombra de ninguém...
Reflexos em espelhos embaçados:
Só lembranças sem passado algum.
Mas se a paixão não for vermelha,
Eu fico blues.
Ao meu compasso arritmado
Eu faço jus.
Não cobro nada à vida
E o que faço dela...
Ah, isso é coisa minha.
É segredo, meu bem.
La passione é bella!
Mas tome cuidado com ela!
Agora escutem só:
À noite, todo homem é um sedutor.
Com seu chapéu de lado, compra sua bebida
E acende seu cigarro.
Mas na manhã seguinte,
Quando o sol nasce,
Aquela figura perde a classe
E nem o perfume vale a lembrança.
Deixa pra lá...
Mas, eu já não me perco
Nem fico do avesso por coisas assim.
Eu saio sem rumo e sempre me arrumo.
Sou dona de mim.
Mas minha sina não é pouca.
Eu vivo a noite feito louca
A desejar sem fim...
Reflexos em espelhos embaçados:
Só lembranças sem passado algum.
La vita é bella!
Mas tome cuidado com ela!
Pois se a paixão não for vermelha,
Eu fico blues.
Ao meu compasso arritmado
Eu faço jus.
Não cobro nada à vida
E o que faço dela...
Ah, isso é coisa minha.
É segredo, meu bem.
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