Cristiano de andré

La bambola della discarica

Cristiano de andré
La bambola della discaricaI piedi staccati
Le mani bruciate
La bambola della discarica tace
E guarda con I suoi occhi in fila
Il suo ventre gonfio di gommapiuma

Non più utile al mondo
Attende al mio passo
Che è un passo di gomiti strascinati
Che io possa baciarli come gli innamorati

Mi chiamano Il Granchio
I ragazzi randagi al di là della rete
Gli sguardi di mele bacate
Le mani di fango
Le ali bucate

Di fango, sterpaglie, luci di nicotina
Mia piccola bambola bambina
Che come me hai imparato l'arte
Di essere usata e messa da parte
E che mi insegni dolcemente
L'arte di morire così lentamente

I piedi staccati
Le mani bruciate
La bambola della discarica tace
E guarda con occhi di brina
Il suo utero gonfio di gommapiuma

A boneca do aterroOs pés arrancados
As mãos queimadas
A boneca do aterro silencia
E olha com os seus olhos em fila
O seu ventre cheio de espuma
Não mais útil para o mundo
Atende aos meus passos
Que é um passo de cotovelos arrastados
Que eu possa beijá-los como os enamorados
Chamam-me O Caranguejo
Os garotos errantes além da rede
Os olhares de maçãs podres
As mãos de lama
As asas perfuradas
De lama, matagal, luzes de nicotina
Minha pequena boneca menina
Que, como eu, aprendeste a arte
De ser usada e posta de lado
E que me ensinas docemente
A arte de morrer tão lentamente
Os pés arrancados
As mãos queimadas
A boneca do aterro silencia
E olha com olhos de geada
O seu útero cheio de espuma
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