Dance of days

Quando o dia aquece sementes mortas (a amarga história do rei do nada)

Dance of days
Na triste história das misérias
de uma vida fui o Rei,
jogado às traças em seu próprio castelo.
Acorrentado perseguindo
vagalumes e palavras
de duas pontas prontas pra cortar.

Os fios que movem essas pernas
e fazem o Rei dançar,
esperando o cadafalso
Se abrir! Se abrir!
Para conquistar a existência
De tua atenção quando ao ar
chutar esses ossos.
E você! Aplaudir!

Quem me ama me abandonou,
quem me protege deixou entrar
a doença em meu quarto
e quem me quer bem fez notar
a indiferença frente a meu corpo
deslizando à queda sem fim...
Quem me dera desaparecer
antes de questionar.

Consentes a esmola calado...Consentes a esmola...
Consentes a esmola...
Calado...Consentes a esmola calado...
Consentes a esmola...
Consentes a esmola...
Calado...
Quem vai cuspir insetos?
Quem vai cuspir insetos?
Quem vai cuspir insetos?
Meu irmão sim, não eu..!

A mim a palavra não conforta,
vem sim da língua da serpente
e da inveja, fonte da ruína.
A mim o bom esquece
e só o mau vem sentar-se a mesa
e ranger os dentes
para roubar toda comida.

A mim foi erro não pensar que
esquecer fosse o fim.
e que meus erros viriam para
Tirar! De mim!
O que tinha e me entregar
àqueles que cospem na terra
em que meu amor fincou
Sua! raíz!

Quem me ama me abandonou,
quem me protege deixou entrar
a doença em meu quarto
e quem me quer bem fez notar
a indiferença frente a meu corpo
deslizando à queda sem fim...
Quem me dera desaparecer
antes de alcançar.

O outro lado da estrada,
e perceber que eu,
Se fui Rei, fui Rei das chagas
que exibi
Com o troféu na cabeça
degolada aos plebeus,
erguida ao mundo na estaca
para que possa ver!
Que o Rei do Nada,
sequer teve um nome,
para gravar na pedra,
e cobrir de flores.

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