Dealema
DealemaAs nossas rimas são mais-valias, tua ainda não sabias
No teu sistema causam avarias, na guerra santa
Reunimos tribos urbanas, não adianta,
Levas estalos de luva branca,
Ex-Peão, partes são postas de parte
Uma irradiação de arte vai iluminar-te
Dealema avança no asfalto com as manchas de sangue
Morre o trabalhador que se descobre com o criador
E encontra o seu norte
Na cidade, o ritmo é rápido, o estilo é prático
Não há mais tempo p'ra ficar estático
Entalados no seio da mediocridade
A nossa bengala é a espiritualidade
Tantos anos, carregamos este peso nos ombros
Responsabilidade nos chamandos dos escombros
A nova Babilónia e sua mente caótica
Visiona bem além das ilusões de óptica
Da sociedade (robótica), da autoridade (que exporta)
Dealema é um estado permanente de insónia
É uma injeção de adrenalina no teu coração
Um batalhão com rimas de insubmissão
É uma entidade superior, um catalisador de amor
Um orador exterminador da dor
É um amanhã de corpo são e mente sã
É a razão pela qual a vida não é em vão
É o universo, fogo, água, ar, terra
Num verso, tudo e nada, paz e guerra
É o toque da corneta que anuncia o ataque
O golpe da baioneta na frente, combate
Atenção, alta-tensão, perigo de vida
Somos, doses letais de energia
Somos, doses letais de energia
Atenção, este é o negócio de expansão de música extrema
Dealema, as rimas estão em bruto, corta a cena
Pede auxílio, começou o genocídio coletivo
Promovemos terrorismo auditivo
É o repto à maçonaria, o repto aos média
Declaramos guerra aberta a notícias de merda
É o jubileu, Dealema na praça, confusão festiva
Uma mão no microfone e outra na piça
Agora a guerra não é de território
Os falsos vão deixar de controlar o monopólio
Reptílios sombrios, espalham o veneno
No caminho arrancamos línguas a sangue frio
Retaliação à difamação e à cópia
Após o Expresso-DLM, criam réplicas
Em protótipo, este é o código do esgoto
Onde a cultura clássica alimenta como soro
Não há tempo a perder, os putos tão a crescer
E o degredo diminui a motivação de aprender
O melhor caminho a seguir, a melhor decisão a tomar
Pela estrada do bem, puto, tu hás-de lá chegar
Viver sem escrever é lentamente desfalecer
Soltamos mais versos até o sol nascer
Sou notívago, assíduo, amigo do meu amigo
Até ao jazigo, crítico e construtivo, poeta interventivo
Como tu de carne e osso, cinza, pó e nada
E uma mão calejada que me fez fazer à estrada
Sempre fui com calma e nunca tive pressa
Houve muito quem falasse mas nunca fomos na conversa
Franco p'ra quem franco sem ataque pelo flanco
Estende o manto, sejam bem-vindos ao nosso campo
Todos sofremos, uns mais, outros menos
Mas todos devemos valorizar mais o que temos