Antigo aposento
Delio e delinha
Fui rever a minha terra
Pra matar minha saudade
Cheio de felicidade
Meus amigos encontrei
A noite estava clara com o seu luar de prata
Fui fazer a serenata invés de cantar chorei
Percebi logo a saudade na memória uma lembrança
Dos meus tempos de criança que brinquei na cachoeira
Saracura no banhado bem-te-vi lá no pomar
Quero ouvir o gorjear do sabiá laranjeira
Pra matar minha saudade
Cheio de felicidade
Meus amigos encontrei
A noite estava clara com o seu luar de prata
Fui fazer a serenata invés de cantar chorei
Percebi logo a saudade na memória uma lembrança
Dos meus tempos de criança que brinquei na cachoeira
Saracura no banhado bem-te-vi lá no pomar
Quero ouvir o gorjear do sabiá laranjeira
Naquela grande varanda na janela debrucei
E na rede do passado muitas vezes balancei
Comparando a minha infância com tudo que já passei
Só da minha meninice que jamais esquecerei
Quem me dera se voltasse pelo menos aos 15 anos
Sofri tantos desenganos que nem gosto de lembrar
Perdi minha mocidade após tanto sofrimento
Meu antigo aposento regressei pra descansar
Fiquei triste pensativo no recanto bem sozinho
Para ouvir os passarinhos num cantar apaixonado
Parece que eles diziam por que você foi embora
Hoje é você quem chora recordando seu passado
Gavião piava triste lá no centro do cerrado
Pintassilgo no gramado, arapongas lá na mata
Eu também cantava triste no braço de uma viola
Não há nada que consola essa dor que me maltrata
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