Luanda
Djavan
Foi numa noite de luanda
que um clarão me abalou em lobito
como fosse um raio de susto, um facho místico
talvez o sol tenha esquecido
uma gota do dia na noite
pra saciar a sede do espírito em seu pernoite
ou foi o ar que incendiou
num grito da mãe oxum
dizendo: "menino, onde é que tu anda?
Eu te batizo africamente
com o fogo que deus lavrou tua semente"
luanda, luanda, luanda, luanda
luanda, luanda, luanda, luanda
luanda, luanda, luanda, luanda
que um clarão me abalou em lobito
como fosse um raio de susto, um facho místico
talvez o sol tenha esquecido
uma gota do dia na noite
pra saciar a sede do espírito em seu pernoite
ou foi o ar que incendiou
num grito da mãe oxum
dizendo: "menino, onde é que tu anda?
Eu te batizo africamente
com o fogo que deus lavrou tua semente"
luanda, luanda, luanda, luanda
luanda, luanda, luanda, luanda
luanda, luanda, luanda, luanda
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