Ginete da fronteira (part. os serranos)
Eduardo araújo
Nasci ginete numa estância da fronteira
Vida campeira pra quem vive o interior
Cresci brincando de quebrar queixo de potro
Sempre há mais outro pras garras do domador
Vida campeira pra quem vive o interior
Cresci brincando de quebrar queixo de potro
Sempre há mais outro pras garras do domador
Aquele zaino anca larga e frente aberta
Orelha alerta na estância do paraíso
Foi preparado prum campeiro fazer média
E dançar na rédea no lampejo de um sorriso
Fim de semana quando eu apronto a lida
Repasso a vida na roseta da chilena
Banho de sanga água de cheiro e um traje novo
Baile no povo e o perfume das morenas
Segunda feira quando eu volto pros pelegos
Novos achegos vem rondar meu pensamento
Faço de conta que o tempo não passou
E de onde estou saio nas crinas do vento
A cada dia vejo a vida diferente
Nessa vertente onde nasce o verso puro
Ao passo lento do parceiro dos arreios
Levo os anseios do Rio Grande pelo duro
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