Um coco para jacinto
Eliezer settonTô nesse coco porque quero balançar
Quando eu balanço
Sem querer dançar eu danço
Quando eu danço, eu não me canso
Pro coco não embolar
Só rodo meu pião de goiabeira
Só vou na feira pra encher meu caçuá
Já sinto que esse coco é de primeira
E quem quiser me dar rasteira
Dá licença, eu vou pisar
Branquinha a gente toma é de golada
E a embolada é quem sustenta o meu cantar
A taipa, o chão batido, o pote e a esteira
É mansão na catingueira
Meu sertão meu habitat
Meu coco sobe e desce na ladeira
Riacho é cachoeira que deixou de embolar
Tem fita no chapéu do meu guerreiro
Meu zabumbeiro já quebrou o bacalhau
A pé, já fui e vim do juazeiro
Eu já subi muito cruzeiro
Carregando cruz de pau
De dia eu vôo com a passarada
De madrugada eu sou coruja e bacurau
Nem tudo a gente compra com dinheiro
E o que tem no petisqueiro
Quando engorda não faz mal
Meu coco quer cantar pro mundo inteiro
Eu vou mostrar meu dente queiro
Sem querer bancar o tal
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