Manifesto ao povo em forma de arte
Evandro malandro
Ô ô tambor de angola,
Batuque de gêge - nagô ô ô ô
Vou chamar zé tambozeiro pra versar
Oxalá dia de graça vai chegar!
Batuque de gêge - nagô ô ô ô
Vou chamar zé tambozeiro pra versar
Oxalá dia de graça vai chegar!
É jongo, é camafeu, é capoeira
Olha o peixeiro na feira!
Jurema no catimbó.
Antonio, filho da flecha certeira
O seu grito a ecoar: Okê aarô odé maior
Sereia,
A portela reunida vem cantar
Clareia,
O seu verso criou asas pra voar
O mar serenou n’areia
Candeia, candeia!
Não basta ter inspiração
Pra cantar samba é preciso muito mais
A rima suada pra ganhar o pão
Lamento em louvor aos orixás
Ioiô, vem bater samba de roda pra iaiá
Que eu preciso nesse samba me encontrar
Alegrar o meu viver
Um rei, guardião de uma cultura popular
Ouça agora a voz de toda a renascer
Renascer de jacarepaguá
Axé! Candeia, axé!
A luz do quilombo no chão do terreiro
Axé! Irmão de fé!
Orgulho do sambista brasileiro
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