Fabrizio de andré

Le nuvole

Fabrizio de andré
Le nuvoleVanno
vengono
ogni tanto si fermano
e quando si fermano
sono nere come il corvo
sembra che ti guardano con malocchio

Certe volte sono bianche
e corrono
e prendono la forma dell'airone
o della pecora
o di qualche altra bestia
ma questo lo vedono meglio i bambini
che giocano a corrergli dietro per tanti metri

Certe volte ti avvisano con rumore
prima di arrivare
e la terra si trema
e gli animali si stanno zitti
certe volte ti avvisano con rumore

Vanno
vengono
ritornano
e magari si fermano tanti giorni
che non vedi più il sole e le stelle
e ti sembra di non conoscere più
il posto dove stai

Vanno
vengono
per una vera
mille sono finte
e si mettono li tra noi e il cielo
per lasciarci soltanto una voglia di pioggia.

As nuvensVão
Vêm
De vez em quando se param
E quando se param
São pretas como o corvo
Parece que te olham com olhos maus
Certas vezes são brancas
E correm
E tomam a forma da garça
Ou da ovelha
Ou de alguma outra besta
Mas este o veem melhor as crianças
Que brincam a correr-lhes atrás por tantos metros
Certas vezes te avisam com ruído
Antes de chegar
E a terra se treme
E os animais ficam em silêncio
Certas vezes te avisam com ruído
Vão
Vêm
Retornam
E até se param por tantos dias
Que não vês mais o sol e as estrelas
E te parece não conhecer mais
O lugar onde estás
Vão
Vêm
Para uma verdadeira
Mil são falsos
E se colocam ali entre nós e o céu
Para deixar somente um desejo de chuva.
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