A tua boca
Fagner
A tua boca
Não é veneno
A tua boca
Quando chama a luz do dia
Quando diz que a chama é pouca
Quando ama tão vadia
Se reclama ser tão pouca
A outra boca que esvazia
Quando beija ou abandona
Quando clama entre as chamas quando chia
Quando pia entre as ramas
Quando adoça é como ardia
Não é veneno quando mata
Quando salva e quando adia
Quando louca
Não é veneno a tua boca
Quando é coisa de magia
Quando cobra que se enrosca
Quando água que se afoga
Quando forca que alivia.
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