Fagner

Luzia do algodão

Fagner
Ana Luzia
Que partiu no dia
Em que a Ave Maria começou murmurar

Ana Luzia
Que orava e pedia
Tanta chuva que o sol
Sorria e por graça
Finalmente chovia

Ana Luzia
Que aos domingo dormia
De fadiga da vida, tanta lida
E dormindo ficou
Nunca mais acordou pra fazer oração
E nascer algodão, algodão

Dorme Ana Luzia
Porque hoje é domingo
E eu choro sorrindo por você
Que já tem plantação
Cata muito algodão
Sem saber que ao léu
Colhe nuvens no céu
Lindas nuvens no céu.

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