Morro velho
Fagner
No sertãoda minha terra,
fazenda é o camarada que ao chão se deu
Fez a obrigação com força.
parece até que tudo aquilo ali é seu
Só pode sentar no morro
e ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada,
de viola em vez de enxada
Filho de branco e do preto,
correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, sempre pequeninos
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada, conta histórias pra moçada
Filho do senhor vai embora, é tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estação distante
Não me esqueça, amigo, eu vou voltar,
some longe o trenzinho ao deus-dará
Quando volta já é outro,
trouxe até sinhá mocinha para apresentar
Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor, e agora na fazenda é quem vai mandar
E seu velho camarada, já não brinca mais, trabalha
fazenda é o camarada que ao chão se deu
Fez a obrigação com força.
parece até que tudo aquilo ali é seu
Só pode sentar no morro
e ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada,
de viola em vez de enxada
Filho de branco e do preto,
correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, sempre pequeninos
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada, conta histórias pra moçada
Filho do senhor vai embora, é tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estação distante
Não me esqueça, amigo, eu vou voltar,
some longe o trenzinho ao deus-dará
Quando volta já é outro,
trouxe até sinhá mocinha para apresentar
Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor, e agora na fazenda é quem vai mandar
E seu velho camarada, já não brinca mais, trabalha
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