Fausto

A noite dos alquimistas

Fausto
Chegam os magos no claro rasto da lua cheia
Descem duendes pelos caminhos da Cassiopeia
Gnomos e bruxos, génios e divas, tudo e ninguém
Abeiram-se os sábios, os feiticeiros que o mundo tem
Sentam-se amenas mágicas formas, sombras de alguém

Vêm do fundo da paz da terra os sonhadores
Guardam em sonhos ocultas memórias os computadores
Pedreiros-livres, santos e artistas, tudo e ninguém
Sussurram secretas vozes profetas dos temporais
Pairam nos ventos estranhos seres como cristais

Ó roda viva, ó astro grande de almas gentis
Fonte das musas, covil dos homens mais varonis
A gente luta, a gente sofre, tudo e ninguém
Redime as dores, nossos amores, ódios também
Somos teus filhos, ó mar de estrelas
Cuida-nos bem

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