Rap do another - um outro que está entre nós

Assustadora é a realidade
Uma simples morte ecoa sombria até aqui
Tudo que eu sei
E ouvi dizer
É que falaram há 26 anos alguém que partiu
Continuava a existir

Não a mais jeito
O que foi proferido está feito
Amaldiçoada a classe 3-3 para sempre está
Sucumbira
Ao mal estar
Pois sempre há
Um aluno que já está morto ocupando um lugar

Finjam que tudo está bem
Sigam instruções de segurança
Nada se explica, somente se evita
Vamos escolher por alvo a estranha criança
Pois pode ser, o morto procurado
E assim
O destino é mudado
Mas bem sabemos que é paliativo
E eu nunca vi o cemitério tão lotado

Que horror!
A tragédia expande a níveis que aprofundam o terror
Cada mês uma nova morte de maneira tão bizarra
Tal qual filme de premonição
Sem salvação, desespero a ponto de ebulição
Só quero escapar disso, mais o risco que corro
Desperta a intensa aflição

Uma maldição tinge em nossa vida a cor da morte
Sobrenatural, traz a tona um incidente tão feroz
Para escapar
Do destino atrás
Devo eliminar
A inexistência de um outro que está entre nós

Minha vida está ameaçada
Não durmo uma noite se quer sem pensar que no próximo dia é meu fim
Eu não quero perecer, tão cedo assim!
Melhor evitar que o temor se apodere de mim
A chuva trás os ventos do medo
De inevitáveis mortes que não ha como fugir
A vida
Se perde em mistério
Pois no necrotério
Ha um defunto que cisma em não querer partir!

Final ensanguentado
Prefere morrer por suicídiu ou enforcado?
Mas não há escolha, até um guarda chuva
Pode ser um
Objeto arriscado
Eu vejo os corpos sendo decepados
Agora esse morto está mais procurado
Com facas nas mãos mortes pra todo lado
Fogo queima a chacina e o desespero é incontrolado

Eu vou
Descobrir o aluno extra com ajuda daquela que o enxergou
Mas temo
Isso é muito insano
Pois eu nunca vi
Nada tão parecido em minha vida nesses anos
Quando ela me olhou
Pôde notar
Descobriu por que não lembro do que aconteceu
Preciso revelar: A verdade é que o individuo extra da história sou eu!

Uma maldição tinge em nossa vida a cor da morte
Sobrenatural, traz a tona um incidente tão feroz
Para escapar
Do destino atrás
Devo eliminar
A inexistência de um outro que está entre nós

Tão morta estou que já não ouço mais minha voz