Antídoto
Fernanda abreu
Quero a poesia como companhia
Artifícios não
Quero trocar de pele
Ficar mais leve
Couro de cobra não
Artifícios não
Quero trocar de pele
Ficar mais leve
Couro de cobra não
Quero um antídoto que cure a tristeza
Tarja preta não
Quero olhar pra dentro
E sentir a beleza que vem do coração
Quero descer nas profundezas do mundo
Tocar o fundo, pegar impulso e subir, ir, ir, ir
Alto, bem alto
Tão alto até chegar no céu
Tocar as nuvens com o pé descalço
Fazer amanhecer ao som do canto de um pássaro
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